sábado, janeiro 21, 2006

 

Tantos anos depois e ainda mexe

Estranho ser a morte a juntar pessoas...
Fui ao velório do pai de um amigo muito muito muito próximo. Por acaso, ou talvez não, este meu amigo é primo de outra pessoa que também me diz muito. Foi o meu primeiro e terceiro namorado, e enfim, mulher que se preze não esquece bons momentos.
A minha história com este rapaz é curiosa. Mesmo depois de termos decidido afastar-nos, volta e meia encontrávamo-nos via primo e melhor amigo de cada um de nós. E sempre foi um ambiente estranho, muito íntimo sem nada de mais acontecer. Olhares, sorrisos cúmplices, mas afastados, porque outras pessoas coloriam a nossa vida, e ainda bem, pensávamos.
Exorcizei isto de mim há muito tempo, mas hoje foi um choque. Foi um roçar de mãos leve, muito leve, mas electrizante, um olhar meio tímido, um nada que se fez tudo.
Mas que raio de merda é esta? O gajo com a namorada lá e toda a gente a pensar que EU era a namorada, e por breves momentos eu a querer que assim fosse? Que estupidez, já provei, é bom, mas fora de tempo.
Disse-me quando me fui despedir "Quando quiseres jantar...". Franzo o sobrolho sem se notar. Não comunicamos muito, eu e este meu ex. Acho que é o amor da minha vida que nunca vai ser meu (outra vez).
Vi no blog do Bruno Nogueira: "Hoje vi-te e esqueci-me de respirar".
Subscrevo.

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